segunda-feira, 10 de abril de 2017

Especulações avaliam chapa ao Governo com Fátima e Jaime; Zenaide para o Senado.

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Política é arte das possibilidades, mas, também terreno fértil para especulações e nos bastidores da política sempre se ventilam possíveis e candidaturas e possíveis chapas. Dentro desta realidade, ganhou corpo nas últimas semanas a especulação para 2018 de uma chapa formada pela senadora Fátima Bezerra (PT) para o Governo do Estado tendo Jaime Calado (PR) como candidato a vice-governador e a deputada federal Zenaide Maia (PR) como um dos nomes para o Senado.

Para analistas e políticos essa chapa com tendência Centro-Esquerda se beneficiaria de haver duas possíveis (e fortes) candidaturas com espectro de Centro-Direita, a tentativa de reeleição do governador Robinson Faria (PSD) e a do atual prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT).

Claro que as especulações tentam antever nuances, mudanças de percurso e conjunturas. Uma candidatura Fátima ao Governo só seria viabilizada se Lula for realmente candidato à presidência da República e liderando as pesquisas. E a união de Fátima com Jaime e Zenaide estaria condicionada ao fato do casal deixar o PR, o que é bem provável, e se filiar a um partido com tendência Centro-Esquerda para a chapa ter a "bênção" nacional.

Atualmente em colisão com o PR, Zenaide e Jaime vem adotando nos últimos tempos uma pauta de Esquerda, com Zenaide destoando do PR e da bancada potiguar e votando sistematicamente contra o Governo Temer.

Entre as vantagens desta chapa está o fato de que Fátima tentaria o Governo sem riscos de perder o mandato de senadora, que vai até 2022. Por sua, Jaime, após ser prefeito de São Gonçalo do Amarante por dois mandatos, concorreria sem mandato algum, consequentemente sem riscos.

Já Zenaide tentando o Senado, correria o risco de, em perdendo, sair da Câmara Federal. Em compensação, teria como adversários para as duas vagas do RN para o Senado justamente os dois senadores ligados ao Governo Temer, José Agripino Maia (DEM) e Garibaldi Alves Filho (PMDB), ambos em queda livre devido à divulgação de investigações e do desgaste dos respectivos partidos.

Da mesma forma que uma candidatura Lula robusta favoreceria Fátima (assim como uma eventual prisão ou queda nas pesquisas do ex-presidente destroçaria esta candidatura Fátima), a desaprovação ao Governo Temer e suas reformas impopulares tenderia a afetar as candidaturas de Garibaldi e Agripino, com chances dos votos dos descontentes caírem no colo de Zenaide.

Evidentemente é cedo para debater as chapas, mas o mundo político já experimenta hipóteses, como cientistas em tubos de ensaio. Das químicas especuladas até agora, esta parece uma das que mais tem chances de virar realidade. A depender da conjuntura nacional, claro.

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