Pré-candidato à Presidência da República
em 2018, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) foi acusado pelos
alunos da Faculdade de Direito da USP (FDUSP) por usar termos
homofóbicos em sua crítica ao prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).
Ciro esteve na Faculdade, localizada no Largo de São Francisco, no
centro da capital, na última quinta-feira, para o lançamento do projeto
“Brasil Nação”, cartilha de especialistas de esquerda para ser uma
alternativa ao programa de reformas do presidente Michel Temer (PMDB).
Segundo os alunos da USP, Ciro Gomes
teria xingado Doria ao ser questionado por um aluno, que dizia que ele
seria derrotado pelo tucano nas eleições presidenciais de 2018. De
acordo com o relato do estudante, que serviu de base para uma nota
coletiva de repúdio, o presidenciável do PDT afirmou que não teme a
disputa contra o prefeito: “Eu pego um viado cheio de areia no c…, que
nem o João Doria, e encho de porrada“.
A nota dos estudantes critica a fala de
Ciro e classifica os termos usados como homofobia. “Um candidato à
Presidência e quem se propõe a construir um novo projeto de Brasil,
independentemente do seu tom político, não pode ter valores que mais
dizem respeito ao Brasil arcaico e colonial do que ao projeto de país
como direitos humanos para todos que vem sendo construído pelos
brasileiros”, afirma o texto.
Em texto encaminhado à coluna da
jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, ele negou ter
dito a frase, que atribuiu à “invencionice das redes sociais”.
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