Fábio Fabrini – Folha de
S.Paulo
O TCU (Tribunal de Contas da
União) segura há quase cinco anos o julgamento de processo que apurou
superfaturamento de R$ 14 milhões em contrato firmado por ex-dirigentes do
Senado sob gestões do MDB.
Auditoria da corte, concluída
em novembro de 2012, responsabiliza o ex-senador e ex-primeiro secretário da
Casa Efraim Morais (DEM-PB) e o ex-diretor geral Agaciel Maia (PR-DF), hoje
deputado distrital em Brasília, pela contratação, a valores exorbitantes, de
serviços terceirizados de auxiliar técnico de informática entre 2006 e 2009.
No período, a Casa foi
presidida pelos emedebistas Renan Calheiros (AL), Garibaldi Alves Filho (RN) e
José Sarney (AP).
O relatório que pede a
reprovação das contas de ambos, além da aplicação de multas e da devolução dos
recursos (em valores atualizados), está pronto desde novembro de 2012. O último
parecer necessário para o julgamento foi emitido pelo Ministério Público de
Contas em maio do ano seguinte.
O caso hibernou. Só voltou a
correr no fim do ano passado, após a Procuradoria da República no DF cobrar o
tribunal pela inércia.